terça-feira, 19 de janeiro de 2016



O descarte incorreto de pilhas tem gerado problemas ambientais e de saúde, no Brasil.


Estima-se que o Brasil produza cerca de 800 milhões de pilhas comuns por ano e isso representa em torno de seis unidades descartadas por pessoa. Chumbo, cádmio e mercúrio, além de manganês, cobre, níquel, cromo e zinco compõem o que chamamos de “pilha comum”. Entende-se por pilhas dispositivos que transformam energia química em energia elétrica por meio de um sistema apropriado e montado para aproveitar o fluxo de elétrons provenientes de uma reação química de oxirredução.
Muitas vezes descartadas sem preocupação, as pilhas causam sérios problemas ambientais e de saúde, podem levar séculos para que ocorra sua decomposição, ou seja, são biocumulativas, além de influenciar na causa de diversas doenças. Os metais pesados, ao contrário, não se degradam. Em contato com a água, calor, umidade ou outras substâncias químicas, os componentes tóxicos vazam e contaminam tudo por onde passam: desde solo, água, alimentos até animais.
Com as chuvas, tais materiais pesados contaminam o solo e atingem o lençol freático até chegarem aos alimentos que consumimos e a água que ingerimos. Os metais pesados possuem alto poder de disseminação e uma capacidade de acumularem-se no corpo humano e em todos os organismos vivos, que são incapazes de metabolizá-los ou eliminá-los. Essas substâncias podem levar a anemia, desenvolvimento do câncer e também ao surgimento de problemas neurológicos. Por isso, são tão perigosos para a saúde humana.
Já existe uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA (257 / 99) que se tornou lei em 22-06-2000 e posteriormente instituída na política nacional de resíduos sólidos com a LEI 12.305, de 12-08-2010, obrigando as revendas e os fabricantes a receberem de volta pilhas e baterias usadas e desta forma dar a elas o destino adequado.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) lançou no ano de 2010 o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que regulamentou a melhor forma de descarte desse tipo de lixo (LEI 12.305).
Descartar pilhas e baterias no lixo doméstico, assim como qualquer produto nocivo ao meio ambiente configura crime ambiental (Lei 9605 de 12-02-1998). A reciclagem e reutilização de pilhas e baterias usadas geram insumos que são utilizados na indústria de refratários, vidros, tintas, cerâmica e química em geral como também na fabricação de novas baterias.


Referências:

http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/0330EB12/ParecerTec070-08_MSaude.pdf  Acesso em: 15/01

sábado, 26 de dezembro de 2015


Conservação de Energia: Um Novo Olhar Sobre as Dietas



            Na natureza encontram-se diversos tipos de energia, entre elas: mecânica, elétrica, luminosa, térmica ou química. Sabe-se também que as energias se transformam uma a outra, porém durante a conversão de energias não há perca significativa (mesmo em na diminuição de quantidade de energia), pois ocorre o aparecimento desta “falta” de uma forma ou outra. Atualmente utiliza-se esse conceito, denominado 1ª Lei da Termodinâmica (termo utilizado por físicos e químicos) que se baseia no princípio de conservação de energia.
            Juntamente com a lei de conservação das massas, da onde surge a famosa frase de Lavoisier “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, tal processo ocorre da mesma maneira. Por sua vez, encaram-se esses conceitos seja no dia a dia, no corpo humano e até mesmo no meio ambiental, entre plantas e animais pertencentes aos seus habitats naturais.

“A energia chega até os seres vivos por meio de diversas transformações. A energia luminosa, incidente na superfície da Terra, é absorvida pelos vegetais fotossintetizantes, que a transformam em energia potencial, nas ligações químicas de moléculas orgânicas complexas. Essas moléculas são quebradas, no processo respiratório, em moléculas menores, liberando a energia que é utilizada nas funções vitais dos seres vivos.”

            Visto a lei que promove a conservação de energia, pode-se adentrar este conceito com os próprios seres humanos e o funcionamento para vitalidade do mesmo.  A partir dos alimentos, que fornecem energia, a mesma é utilizada para “abastecer” os órgãos, controlar e adequar a temperatura do corpo e de acordo com a quantidade necessária, permitir a realização de esforços físicos. Para isto tudo se tornar possível, a mesma energia é transformada quimicamente na forma de ATP, liberada na forma de calor (para a temperatura) e/ou energia mecânica externa, a que permite atividades físicas.
            As dietas sugerem o mecanismo simples, onde: Calorias Consumidas – Calorias Gastas = Equilíbrio Energético. Sem o devido consumo da quantidade de energia necessária, valor distinto para cada indivíduo, o funcionamento é deficiente e acarreta doenças e/ou imunidade irregular. Diante disto, os hábitos alimentares de quem deseja realizar uma dieta deve proporcionar ao corpo proteínas, carboidratos, fibras e outros fatores importantes. Porque esses componentes atuam no organismo de diversas maneiras, e de acordo com o consumo dos valores corretos dos mesmos, as diversas áreas do corpo e os órgãos desempenham o papel correto e facilitam o processo de emagrecimento.
            Contudo, todos sabem dos riscos e das loucuras realizadas por algumas pessoas no processo de perda de peso onde buscam dietas milagrosas que fazem com que os “quilinhos” a mais desapareçam em um curto período.   tal feito “eficaz”. A própria ausência da ingestão de gorduras, óleos vegetais e colesterol não fazem bem ao próprio corpo, porque precisam estar presentes em algumas células e membranas do corpo. Por essa razão as dietas radicais, que sugerem mudanças exageradas e proibições de certos alimentos são incorretas e não devem ser realizadas. Alteram as células e seus respectivos mecanismos de transporte de substâncias que atuam nos fatores de crescimento, hormônios, bactérias, vírus, e agentes cancerígenos.

Mais sobre termodinâmica em:
https://pt.khanacademy.org/science/physics/thermodynamics

Por: Ana C. Quaresma, Débora Peixoto, Júlia Rodrigues, Maximiliano Martins e Winny Ribeiro.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Hortênsias, flores da planta mudam de cor dependendo do pH do solo.


            Um dos símbolos mais belos da vegetação das serras gaúchas são as Hortênsias, plantas que possuem uma característica própria, a variação de suas cores. Muitos acreditam que essa variedade ocorre pelo fato de existirem mais de um tipo desta planta, porem não é bem assim que ocorre. A coloração das folhas é produto do pH do solo em que se encontra.       
            Falar de pH é falar de equilíbrio iônico que é um caso particular de equilíbrio em reações que envolvem ácidos fracos e bases fracas. Essas reações possuem íons de [OH-] e de [H+] e as concentrações destes interferem nos sistemas iônicos. O potencial hidrogeniônico(pH) determina a concentração de íons de [H+] presente na solução e dependendo do valor deste pH é possível observar se a solução é ácida, básica ou neutra comparando o valor obtido com uma escala padrão existente onde:

·         pH < 7,0 é acido

·         pH = 7,0 é neutro.

·         pH > 7,0 é básico.


            O pH do solo pode variar conforme sua composição como rochas, minerais e outras substancias adicionadas no seu preparo para o plantio. Por exemplo, se adicionarmos: sulfato de alumínio ou enxofre esse solo será acido, já se adicionarmos calcário o solo será básico.
            A cor da hortênsia vai depender do local onde for plantada, quanto maior for a acidez do meio ela será azul e quanto mais básico ela será rosa. Sabendo disso é possível através da preparação do solo e de atividades durante e antes do plantio influenciar na escolha da sua cor conforme nosso gosto. Se quisermos que seja azulada, além de preparar o solo misturando nele substâncias ácidas podemos também regar a planta madura com uma solução de 4 litros de água e uma colher de sopa de sulfato de alumínio ao longo do período de crescimento. Outra forma de deixar suas folhas rosadas é regá-las com água da chuva, pois a água potável neutraliza a acidez do solo.


            É interessante olhar para a natureza e conseguir perceber que ela sofre alterações devido à acidez ou alcalinidade, porém esse é apenas um de vários outros exemplos em que podemos encontrar o equilíbrio iônico interferindo nas coisas que nos cercam (Como a formação das caries, a fabricação da cerveja, o sexo do bebe, etc.). Observar todas estas coisas é mais uma forma de entender que a química esta mais presente nos nossos dias do que imaginamos.

Mais sobre pH em:
https://pt.khanacademy.org/science/biology/water-acids-and-bases/acids-bases-and-ph/v/introduction-to-definition-of-ph

Por: Ana C. Quaresma, Débora Peixoto, Júlia Rodrigues, Maximiliano Martins e Winny Ribeiro.

domingo, 6 de dezembro de 2015


Lentes fotocromáticas


                Em algum momento de nossas vidas visitamos um oftalmologista, e nessa visita fazemos exames para avaliar nossa visão.
Existem vários tipos de defeito de visão que podemos apresentar: miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, e existe um tipo de lente que pode corrigir cada um desses defeitos, portanto o estudo da óptica é o entendimento da visão humana que por sinal é bastante complexa.
                Além disso muitas pessoas usam óculos não por apresentarem defeito de visão e sim por estética ou para se proteger da exposição solar, esses óculos são conhecidos popularmente como “óculos escuros”. Para quem usa óculos de grau, os óculos escuros não apresentam o grau correto de correção visual. É aí que entram as lentes fotocromáticas.
                Nas lentes fotocromáticas, a intensidade da sua cor adapta-se à luz solar do ambiente, ficando mais escura quando exposta à luz direta, e praticamente incolor quando uma pessoa usa esses óculos dentre de uma residência. Isso é devido a uma reação química que ocorre nos óculos, você sabia?

Equilíbrio químico


                Equilíbrio químico é a situação na qual as concentrações dos participantes da reação não se alteram, pois as reações direta e inversa estão se processando com velocidades iguais. É uma situação de equilíbrio dinâmico.

                A reação que ocorre nas lentes dos óculos é a seguinte:

AgCl + Energia Ag + Cl

                O cloreto de prata (AgCl), na ausência de luz concede aparência clara a lente, já a prata metálica (Ag), quando é formada na lente a escurece. Esta reação é um caso em que ao se aumentar a energia, no caso a incidência de luz na lente, deslocará o equilíbrio para o lado da formação dos produtos.


Le Chatelier


                Este exemplo é abrangido pelo princípio de Le Chatelier, que diz: “Se uma perturbação é aplicada a um sistema em equilíbrio, o equilíbrio irá se alterar para reduzir o efeito da perturbação”.

Mais sobre equilíbrio químico em:
https://pt.khanacademy.org/science/chemistry/chemical-equilibrium

Por: Ana C. Quaresma, Débora Peixoto, Júlia Rodrigues, Maximiliano Martins e Winny Ribeiro.

domingo, 15 de novembro de 2015

domingo, 8 de novembro de 2015


Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ - RJ) conseguem criar enzima catalizadora que ajuda a controlar mutações do vírus Ebola.


            No início da semana pesquisadores da FIOCRUZ apresentaram uma possível solução para controlar e até extinguir o vírus Ebola. Os mesmos manipularam uma enzima que funciona como catalizador, acelera a reação do anti-retrovíricos (diminuem a carga vírica), o que altera toda a cinética química envolvida no processo de combate ao vírus, com isso o vírus ficaria impossibilitado de se mutar e seria mais fácil seu controle e tratamento. Segundo um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa, o vírus Ebola pode se tornar um vírus mutante, devido seu alto poder de replicação, o que forma DNAs diferentes de um mesmo vírus.

            O Ebola é uma doença causada pelo vírus ebolavírus. Seus primeiros casos registrados foram em 1976 em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. No Zaire (hoje República Democrática do Congo) o vírus foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No Sudão, 284 pessoas foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

            Em março de 2014 o vírus atingiu a África Ocidental e ocasionou uma grande epidemia que foi a maior e mais grave da história do vírus Ebola. Segundo a OMS 11.300 pessoas morreram entre quase 29.000 casos registrados.

            Os sintomas iniciais de quem está infectado pelo vírus são inespecíficos como febre, fraqueza, dor muscular, cefaleia e inflamação na garganta, o que dificulta o diagnóstico. Após os sintomas iniciais o infectado pode apresentar quadro de diarreias, vômitos, coceira, deficiências nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramentos internos e externos. Os sintomas podem aparecer do 2° ao 21° dia após a exposição ao vírus, alguns pacientes ainda podem apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, dores no peito e dificuldade para respirar.

            A transmissão do vírus pode ser por animais ou humanos. A transmissão de humanos para humanos se dá por meio do contato com sangue, secreção ou outros fluidos corpóreos da pessoa infectada pelo Ebola e somente quando o paciente apresenta sintomas da doença. O contato com cadáveres, durante rituais fúnebres é uma das principais formas de transmissão da doença. Os rituais fúnebres são praticados em alguns locais afetados por essa doença.

            Algumas precauções podem ajudar a prevenir a infecção e disseminação do vírus, como: lavar as mãos com frequência, evitar áreas de surtos, evitar contato com paciente infectado, não manusear corpos de pessoas infectadas sem utilizar equipamentos adequados, pois ainda são contagiosos.

            A descoberta da enzima catalizadora pode ser um caminho para a extinção da doença, já que como relatado gerou quadros de tragédias. Os pesquisadores da FIOCRUZ juntamente com o órgão da saúde pública estão aprimorando os estudos sobre a descoberta e garantem que logo a enzima estará totalmente pronta para ser testada em pacientes.

A notícia publicada é fictícia.

Referências:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/oms-declara-fim-da-epidemia-de-ebola-em-serra-leoa.html


Por: Ana C. Quaresma, Débora Peixoto, Júlia Rodrigues, Maximiliano Martins e Winny Ribeiro.